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Conhecendo melhor uma outra esfera da ciência social, a Sociologia do Trabalho
A Sociologia, como sabemos, encontra-se subdividida em diversas áreas, que embora tenham princípios muito semelhantes diferem especialmente em seu objeto central de estudo. Se a Sociologia volta-se para análises da sociedade, da vida em sociedade e das relações sociais, a especificidade do ramo da Sociologia do Trabalho está no fato de esta voltar-se mais particularmente para a busca da compreensão da organização e evolução do mundo do trabalho na sociedade, as relações de trabalho e as implicações sociais dos mesmos.
Essas preocupações não são tão antigas. As transformações no mundo do trabalho foram responsáveis por atrair o olhar desses estudiosos, além disso, a visão que se tem do próprio trabalho foi construída ao longo do tempo. Os modos de produção nos quais as sociedades já se inseriram vem se modificando, e junto com isso vem se transformando o conceito do trabalho bem como as relações sociais suscitadas pelo mesmo e as preocupações referentes a isso.
A Sociologia do Trabalho e a História
Historicamente sabe-se que o trabalho já foi considerado uma atividade extremamente depreciável. Os gregos da antiguidade clássica consideravam que o ócio criativo era digno apenas de homens livres, e também somente esses homens livres estariam aptos para dedicar-se a vida pública e a erudição. De outro lado estavam os escravos, que se dedicavam as atividades cotidianas, aos cuidados com afazeres domésticos e etc. Assim foi durante muito tempo, visto que se considerava a escravidão como a mais adequada relação laboral.
As transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando desde então são importantíssimas para que se compreenda a organização atual dessas relações, bem como as preocupações dos sociólogos dessa área. Desde o escravismo antigo, passando pelo artesanato, servidão, e tantas outras formas de trabalho até chegarmos aos moldes do trabalho industrial no mundo moderno acarretaram transformações que dizem respeito à própria vida em sociedade, organização desses sujeitos e relações de poder entre os proprietários dos meios de produção e aqueles que vendem sua força de trabalho.
O impacto de novas tecnologias no mundo do trabalho, novas formas de organização, obsolescência de diversas profissões, o aumento do mecanismo de exclusão, a exigência de cada vez mais qualificação da mão de obras são fatores ainda presentes e que nos mostram o quanto o mundo do trabalho ainda encontra-se em contínuo processo de transformação. Contudo, o advento do capitalismo e as bruscas transformações acarretadas pela revolução industrial são ainda o grande ponto de transformação da lógica do trabalho.
Essa transformação da forma de viver, destruição de costumes e instituições, a automação, a formação do proletariado, etc. tudo isso fez com que se despertasse a atenção daqueles que observam cientificamente a sociedade. O estudo científico dessa sociedade resultou de fato no advento da Sociologia, e assim sendo vemos que a Sociologia do Trabalho é um campo de estudos e observações inerente ao próprio pensamento social, já que ambos foram originados a partir das mesmas preocupações.
Os responsáveis por influenciar o que hoje se entende na Sociologia do Trabalho
Essa divisão da Sociologia em áreas é muito posterior. Mas isto que hoje conhecemos como Sociologia do Trabalho sofre importante influencia de grandes nomes da Sociologia, como Marx e Durkheim que já pensavam as transformações nas relações de trabalho, na luta de classes, na vida do trabalhador e nas relações sociais compreendidas nesse universo.
A Sociologia do Trabalho e a alienação do trabalhador
Uma das grandes críticas que a Sociologia do Trabalho tece ao mundo moderno e ao modo capitalista de produção é de fato a alienação do trabalhador em relação à sua atividade. Esse conceito de alienação do trabalho mostra de fato como o trabalhador está posto como um mero vendedor de sua força de trabalho, estando muitas vezes colocado à parte da função de sua atividade e do produto final de seu esforço. Mais do que isso, na esmagadora maioria das vezes a remuneração auferida por esse trabalhador não é suficiente para que ele possa ter igual acesso àquilo que produziu.
Essa critica refere-se a um sistema de produção fragmentado, onde cada vez mais o trabalhador encontra-se forçosamente distanciado do produto de seu trabalho. Distancia-se por estar cada vez mais desenvolvendo uma atividade mínima, especializada e repetitiva, onde muitas vezes desconhece o produto final do qual resulta a junção de tantas pequenas tarefas. E distancia-se também pelo fato de muitas vezes a remuneração por ele auferida ser insuficiente para ter acesso àquilo que é produto de seu próprio trabalho.
O trabalhador, no capitalismo, é infinitamente diferente do artesão. Enquanto o artesão tinha total domínio sobre seu locar de trabalho, seus horários, atividades, matérias primas e valor monetário de seu produto o trabalhador hoje se encontra submetido aos horários, condições e atividades pré-determinados pelo patrão, detentor dos meios de produção. As relações nesse sistema são fortemente marcadas pelo poder.
Desta feita, a fim de complementar, o principal alvo da crítica da Sociologia do Trabalho deve-se ao fato de as transformações no mundo do trabalho ter-nos levado a uma condição onde uns são tão poderosos e detém tanto capital que podem comprar os outros que estão submetidos a condições tão degradantes que necessitam vender-se sob condições muitas vezes questionáveis.
Conclusão a respeito da Sociologia do Trabalho
Enfim, a Sociologia no Trabalho, tem papel fundamental quando objetivamos entender o ambiente de trabalho atual e projetar ele no futuro! Caso este texto tenha lhe acrescentado algo, não deixe de curtir nossa página no Facebook!
