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Os movimentos sociais na perspectiva de grandes nomes da Sociologia
Desde os anos 1980, falamos de “movimentos sociais”. Nos anos 1980, o sistema democrático queria deixar a sociedade civil se exprimir, também para evitar que as pessoas se reagrupem nas ruas para protestar. Hoje, na verdade, todos os indivíduos querem novos direitos. Cada dia, em diversas partes do mundo, existem movimentos sociais. Na França, quase diariamente há manifestações sociais. O movimento social é uma mobilização, onde os indivíduos, com esperanças de mudar, podem externar fatos considerados por eles como injustos. Mas, se estes movimentos sociais são transmitidos frequentemente na imprensa internacional, isso demonstra uma relativa desordem social no pais.
O movimento social explicado por Alain Touraine
O que é exatamente um movimento social? Segundo Alain Touraine, sociologo francês, os movimentos sociais são ações sociais que permitem um relativo progresso social. Este sociólogo faz uma diferença entre as noções de “ação social” que é relativa aos atores e dos “movimentos sociais”, referentes à mudança. Para que um movimento social exista, segundo ele, é preciso ter bastantes indivíduos representando a sociedade, ter um movimento duradouro e algo onde os indivíduos compartilhem uma relativa identidade. Então, segundo Alain Touraine, os movimentos sociais se caracterizam em três pontos fundamentais:
– o princípio de identidade: Quem luta?
– o princípio de oposição: Quem é o adversário?
– o princípio de totalidade: Por que lutar?
Quando os três princípios estão juntos, isso gera uma “consciência coletiva”. Segundo ele, nos nossos dias, não existe nenhum movimento que corresponda à sua definição de movimento social.
O paradoxo de Mancur Olson
Segundo Mancur Olson, economista americano, um indivíduo pode ser interessado pela finalidade do movimento, mas não vai gastar tempo e dinheiro, porque ele sabe que outros indivíduos também irão participar. Por exemplo, se no meu trabalho indivíduos vão estar em greve para que o chefe aumente os seus salários, se permaneço trabalhando, não vou perder dinheiro fazendo greve enquanto os outros tentam melhorar as condições de trabalho.
– As transformações dos movimentos sociais
Os movimentos sociais estão mudando. Por exemplo, no passado os movimentos sociais eram principalmente para as demandas materiais no trabalho. Hoje, na sociedade pós-industrial, os movimentos sociais procuram uma finalidade mais social e cultural (movimentos feministas, por exemplo). Os novos movimentos sociais procuram mudanças nos valores das identidades para o gênero, as orientações sexuais, as identidades locais ou regionais, etc. Os modos de ações também mudam. Hoje, existem ainda manifestações da rua, como no Brasil em 2013. Na verdade, foram manifestações populares para contestar as tarifas de transporte publico. No 20 de junho de 2013, 438 cidades foram participantes dos protestos e quase dois milhões de brasileiros nas ruas.
– 3 maneiras de estudar os movimentos sociais
Na sociologia, existem três principais maneiras e escolhas para estudar os movimentos sociais. Primeiro, se pode estudar com uma análise estratégica, ou seja, ver como se organiza o movimento: Quem dá o dinheiro? Onde se passam as reuniões? etc. Segundo, é possível estudar estes movimentos com as identidades: Como é criada a identidade relativa ao movimento? Terceiro, é possível, vendo a importância dada aos sistemas políticos e aos mediadores que criam uma relação com as ruas.
Se você quer ler mais sobre este tema, os sociólogos mais conhecidos que debatem este assunto são: Claus Offe, Alain Touraine, Michel Foucault, Jurgen Habermas.
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