A vida das mulheres sob a ótica da Sociologia

Tempo de leitura: 5 minutos

Oi! Deixe me apresentar, sou Léa Mougeolle, estudante francesa, já escrevi algumas vezes aqui para o Portal Sociologia quando estava na universidade de Bordeaux, na França, onde, inclusive, Emile Durkheim deu aulas de Sociologia. Atualmente, vivo em Paris para estudar na universidade de “Sorbonne Nouvelle”, onde faço meu mestrado, uma especialização sobre um país que adoro: o Brasil! Hoje, estou no segundo ano do mestrado (na França ele se faz em dois anos) e é um prazer ter a sua atenção. Eu tenho o costume de escrever artigos muito técnicos aqui no Portal, mas, hoje, proponho a você de mudar um pouco… Vamos falar de uma coisa que você já conhece, mas com a ótica da Sociologia. Vamos falar do meu trabalho de pesquisa que é… A vida das mulheres no Brasil e, mais precisamente, as identidades femininas no Brasil. Por favor, me perdoe caso existam muitos erros de português, pois, afinal, ainda estou em fase de aprendizagem.

mulher na sociologiaPrimeiro, é importante especificar que a posição das mulheres é desvalorizada. Antes dos anos 60, a história falava principalmente dos homens e, quando a historia falava das mulheres era só para dizer “é a mãe de, é a namorada de”, etc. Hoje, o papel da mulher é, ainda, muitas vezes ignorado. Porém, as mulheres tem um papel importante, como o do homem. Ela tem um papel de produção, de reprodução, um papel na esfera doméstica, etc. Hoje, as mulheres são mais qualificadas e são, cada vez mais, independentes. As coisas estão mudando. Nos meus estudos, eu me pergunto: Como se constroem e se manifestam socialmente as identidades de gênero feminino? Digo as “identidades” porque não se pode falar somente de “uma” identidade. Um indivíduo tem diferentes identidades: a identidade do país, a identidade da idade, a identidade do gênero…

Gênero? O que é exatamente? O gênero é diferente do sexo. O sexo é biológico, o gênero é cultural. Se uma mulher gosta de maquiagem, dos meninos, faz as tarefas domésticas, tudo isso tem uma explicação cultural, então relativa ao gênero.

Desde a infância (socialização primária), as meninas aprendem e integram normas e valores relativos às mulheres. As meninas têm que corresponder pouco a pouco à imagem da “boa mulher”. Elas têm que vestirem-se bem, maquiarem-se, etc. Também, elas vão aprender a usar o seu corpo: a maneira de gerir o seu corpo, sentar-se com as pernas fechadas, por exemplo. Se a menina não respeita isso, uma pessoa vai a olhar de forma diferente ou dizer algo que ela não queira ouvir. Assim, as meninas constroem uma primeira imagem da identidade feminina. Na verdade, com esta primeira imagem apresentada do seu corpo, as pessoas vão categorizar a pessoa. Para construir esta imagem da menina, existem pessoas auxiliam na formação de opinião. Estas pessoas se chamam as “instâncias de socialização”. Podem ser os pais, a famíla, a escola, etc. Os pais vão se comportar de maneira diferente se têm um filho ou uma filha. Os adultos vão trazer a menina a se com formar às esperanças sociais em função do seu sexo. Simone de Beauvoir em 1949 dizia  : “Nós não nascemos mulheres, nós nos tornamos mulheres”.

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Quando as mulheres são adultas, para se definirem mulher, elas usam as relações sociais, como o papel de esposa (namorada), de mãe, de filha. Hoje, as mulheres têm cada vez menos filhos (Hoje mais ou menos 2 filhos para uma mãe). Esta evolução se explica principalmente com a educação sexual na escolha. A mulher tem também um papel em função do trabalho doméstico. As mulheres têm mais cuidado que os homens a respeito da família. O trabalho doméstico é também lavar a roupa, a louça, limpar a casa, preparar as comidas, etc. Esta forma de trabalho não é remunerado e é invisível. Este trabalho é feito pela mulher sem que se fale dele porque parece “normal”.

Um dos aspectos das identidades femininas é a mulher como trabalhadora. Na sociedade brasileira (assim como na sociedade francesa), algumas profissões são associadas ao gênero feminino: secretária, recepcionista, professora, manicure, lava-roupas, enfermeira, etc. Segundo Nadya Araujo Guimarães, as mulheres trabalham principalmente a serviço das pessoas, na função publica, na saúde ou na educação privada. Por exemplo, o trabalho doméstico é uma atividade onde as mulheres são maioria. Porém, hoje, as mulheres são cada vez mais presentes nos trabalhos ditos “masculinos”. Nadya Araujo Guimarães explica que as mulheres são cada vez mais presentes no mercado do trabalho porque a situação demográfica mudou, porque as mulheres são cada vez mais escolarizadas. Também, porque o sistema de valores mudou.

Então, para concluir, podemos ver que não existe só uma identidade, mas identidades diversas para uma mulher. Na verdade, a mulher pode se definir em função do seu trabalho, dos seus filhos, do seu namorado, da sua atividade cultural, etc. Isso depende do que é realmente importante para ela. Além disso, as identidades são diferentes entre as mulheres porque cada mulher é única. As mulheres não têm os mesmos valores, as mesmas práticas culturais, percebem as coisas de maneira diferente. Porém, as mulheres brasileiras crescem e evoluem em um contexto bastante parecido, então é possível mostrar algumas características similares a quase todas as mulheres brasileiras. Para falar de maneira mais geral, elas têm uma socialização primária parecida, elas trabalham, elas estudam, elas saem com as amigas, etc.

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Sobre Sociologia

Guilherme Scottá trabalha junto com a socióloga Léa Mougeolle para trazer os melhores textos relacionados à Sociologia para você!

  • Muito bom o assunto necessário para que as mulheres percebam o que significa essas, ditas duplas, triplas jornadas, economia valores em capital….Maria de Fatima

  • Jefferson Amaral Guerra

    Parabéns pelo trabalho e pelo assunto abordado.
    Sou policial da Guarda Municipal da Cidade de São Paulo. Na minha profissão existem muitas mulheres trabalhando e com excelência no exercício da profissão Policial. Como somos Servidores Públicos concursados os salários entre homens e mulheres são idênticos.
    Houve um tempo que a coordenadora da Escola de Policia da Guarda municipal de Sã Paulo era uma mulher-( pedagoga Dr. Maria Estela). Hoje a Comandante da Superintendência de Operações é mulher!
    A presidência da Republica é exercida por uma mulher!
    Com relação ao exposto por vosso trabalho, acredito que muitas atividades exercidas por mulheres (hoje em dia os homens também exercem) são culturais, trabalho doméstico, cuidar dos filhos, em fim, para os homens da mesma forma, sair para buscar o sustento da família, serviços braçais onde seja necessário o emprego de força física(questões biológicas). No que tange ao intelecto, vejo que homens e mulheres são equivalentes.
    Agora se existe diferenças de tratamento interpessoal que diminua o ser humano mulher pelo fato de ser mulher, na minha convicta opinião é
    equivocado e arcaico!
    Na minha profissão as mulheres são extremamente competentes, seja no estado-maior(oficialato) ou nas fileiras operativas (praças), respeitando é claro as devidas proporções inerentes a biologia de cada um gênero ou sexo.

    • Léa Mougeolle

      Oi Jefferson! O seu texto foi muito interessante. Você tem muito bons exemplos, e é verdade que o fato que a presidente é uma mulher é um bom exemplo desta melhoria.
      Gostaria só de voltar sobre a sua frase “vejo que os homens e as mulheres tem situações equivalentes”. Quando eu estudei o trabalho das mulheres no Brasil, pude ver que as mulheres são mais vitimas de precariedades (empregos, horários, salários), vi que as mulheres trabalham menos que os homens (porque muitas vezes são elas que ficam com os filhos), então a mulher tem muitas vezes um trabalho a 1/3, e como eu disse antes, os setores entre mulher e homem são diferentes. As profissões valorizadas são para os homens antes de tudo.
      As estatísticas da SEDLAC confirmam isso : em 2012, sobre 100 salários, 42.4 são mulheres e 57.6 são homens. E, sobre 100 pessoas em desemprego, 5.8 são mulheres e 3 são homens.
      Não digo que é tratamento interpessoal porque as vezes são mulheres que “preferem” isso. (Deixar o homem trabalhar quando tem que cuidar dos filhos, porque o homem ganha mais). Esta situação se explica de maneira cultural como você disse antes.

  • marilene oliveira

    Melhor dizer, que a mulher brasileira está conquistando as duras penas, o reconhecimento profissional, mas também é a principal responsável em manter o orçamento doméstico na maioria dos lares das famílias brasileiras. E muitas vezes é obrigada a ficar fora de casa por um longo período do dia ou então cumprir uma dupla jornada de trabalho para conseguir o suficiente para pagar as contas do mês. Pois, ainda existe uma desigualdade na política salarial entre o trabalho do homem brasileiro o trabalho da mulher brasileira.

  • paulo tadeu de oliveira

    muito interessante o tema abordado sou aluno do curso de ciências sociais e todos os temas abordados tem relevante interesse para mim…

    • Léa Mougeolle

      Oi Paulo, obrigada pelo comentário.
      Acho que os futuros assuntos vão te ajudar também e espero compartilhar minhas ideias sobre a sociologia com você!

      Ps: se você precisar de detalhes ou se você tiver perguntas, deixe comentários e tentarei ajudar.

  • Abner Davi

    Léa, belíssimo texto. Sobre o destrinchar do mesmo, também só tenho elogios… Pesquisa bem interessante, O próprio Bourdieu tem considerações sobre as diferenças de gênero bem bacanas. Você tem algo dele como base?. A respeito do que você diz na conclusão: ” Na verdade, a mulher pode se definir em função do seu trabalho, do seu filho, do seu namorado, da sua atividade cultural. Isso depende do que é importante pra ela “. Essa importância pra você também vem mudando? Porque o que vai determinar se alguma ocupação, ou ação social é relevante para o público feminino seria também o público masculino, dado que maioria ainda ocupa os cargos mais bem remunerados e reconhecidos do País. Uma idéia de dominação. Pra você isso também interfere na própria definição, em que a mulher vai se definir?

    • Léa Mougeolle

      Bom dia,
      Obrigada pelo comentário.

      Sobre o Bourdieu… Tenho algo dele como base, sim. Na verdade, na minha universidade francesa de sociologia, os professores falam muito dele, é desta forma que acabam influenciando, um pouco, a visão dos estudantes. Então, uso as vezes Pierre Bourdieu nos meus trabalhos, mas não concordo totalmente com ele. O conceito principal de Pierre Bourdieu é a “reprodução social”, mas pode se ver na sociedade, que na realidade social, todos os filhos não têm a mesma situação social que os pais… Se você quiser saber mais sobre ele, escrevi um pouco no artigo sobre a sociologia da educação.
      A mulher se define de maneira diferente em função do tempo. Para mim, este conceito vem mudando, também. Diversos fatores, como a idade, são responsáveis por definições diferentes . Em função de uma determinada época de sua vida, a mulher vai ter mais preocupação pelo seu trabalho, outras vezes pelo marido, e etc. Na verdade, este ano vou fazer um trabalho, onde tento retratar a importância dos relacionamentos – namoros – para a passagem à vida adulta, entre as garotas de 15 à 18 anos.

      Para os garotos, muitas vezes é o trabalho que representa a transição para a vida adulta. Mas quero entender como isto funciona com no meio feminino. Acredito portanto, que o público masculino
      tem influência na vida das mulheres, sim.

      Espero ter respondido as tuas questões e espero te ver de novo por aqui!

      Léa

  • Lucio Mauro Silveira

    Embora ainda vivessemos em uma sociedade machista e que vem mudando aos poucos, esse processo é reconhecido pela sociologia . A mulher nesse contesto, não vem sendo valorizada, isso seria colocar um parâmetro de escalas de valores, pois em voga a mulher está assumindo seu papel e lugar na sociedade que é de direito e se fato como já citado. Parabenizo tal fato argumentativo que só enobrece e torna todo o direito realmente igual e que deveria ser assim desde os primórdios. Deixemos as nossas classes para identidades diferentes e sejamos todos frutos de uma única mulher(caracterização para sexo diferente), mas com todas as suas igualdades de uma sociedade futurista.

  • andreza carvalho

    Muito bom o artigo , e é exatamente isso que foi dito , embora tenha melhorado em alguns aspectos, mas ainda a desigualdade é nítida só não vê quem não quer.

  • Ana Paula Sá Menezes

    Texto gostoso de ler… apesar de não ser socióloga, adoro Sociologia… vou recomendar aos meus alunos da Faculdade. Sempre é bom refletir sobre a nossa condição de mulher. Interessante sua escolha. O Brasil é um país de várias mulheres… da santa à pecadora… da intelectual à que não teve acesso à escola… da operária à administradora… do norte ao sul… Somos muitas em uma… Parabéns!

  • Edson Fonseca

    Excelente texto! Didático e atualíssimo.

  • Lucineia Teles Miranda

    muito bom,aos poucos nós mulheres vamos conquistando nosso lugar de direito na sociedade,nada mais justo, pois não é fácil manter estás varias identidades, ser mãe,ser dona de casa,que no texto acima nós lembra que, o trabalho domestico não é reconhecido,e na maioria das vezes ainda trabalhar fora para ajudar no sustento da casa.

  • Cristiano Bomfim

    Sim as mulheres mudaram suas relações, conquistaram mais espaços e é por isso que estão sofrendo cada vez mais no que tange a saúde, hoje estão mais deprimidas, tem mais câncer que os homens, entendo que de alguma forma são sim mais frágeis, não no sentido de força física, mas estrutural, pois se dão mais aos compromissos, se entregam mais as responsabilidades e sofrem as consequências da frustração, da “derrota”,numa maior intensidade, tem fobias, síndromes…não que os homens não tenham, mas em menor potencial, pois são mais “largados”, parabéns as mulheres que sairão do casulo, mas cuidem mais de si (interiormente).

  • Nicolas Lemos

    Muito bom! Parabéns pelo trabalho!

  • Ronaldo Martins Gomes

    Excelente texto! Grato 🙂

  • simone fittipaldi

    Gostaria de chamar a atenção para dois fatos sociais que dizem muito sobre o preconceito de gênero no Brasil. O primeiro fato foi a reação desproporcional que se apresentou recentemente por conta de um tema de redação na prova do ENEM que abordava ideias de Simone de Beauvoir. A reação foi terrível. O segundo fato é o ódio pessoal que a direita brasileira vem demonstrando com a atual presidente do país. A primeira mulher a ocupar esse cargo, aliás. Não se trata de ódio partidário ou político. Ela vem sendo agredida pela imprensa e também nas redes sociais de uma forma que desconhece qualquer ideia de respeito ou mesmo de educação. Acredito que tal animosidade demonstra na verdade um machismo velado. Não a perdoam por ser mulher e ser presidente em um país em que os homens estão habituados a dar ordens.

    • Rubens Annibale

      É verdade Simone.

  • Cosme Franca

    Com certeza este olhar de que se torna mulher e não se nasce, é muito interessante, sob o ponto de vista de uma sociedade machista, onde se rotula normalmente com a ideia do sexo frágil, vemos o crescimento da quantidade de mulheres na função de liderança, seja na empresa, em casa ou em cargos públicos, exercendo um poder. Vemos uma distinção, de que os homens normalmente, caracterizam as suas esposas e/ou namoradas, como “patroas”, ou então, “polícia federal”, aqui no Ceará é muito comum a utilização destes termos, onde fica implícita a ideia da autoridade exercida sem a força física, mas pela força do trabalho e da presença na família, nas relações que se interpenetram na busca por um novo status. Isto á algo distinto do que vemos na maior parte da sociedade, que ainda discrimina e impõem às mulheres uma situação de subjugação e desvalorização, em se comparando com o sexo masculino, além do uso do seu corpo como instrumento de propaganda de produtos, introduzindo a lascividade inclusive para vender um sabonete. Mas porque está ainda no imaginário popular uma ideia da mulher ligada ao sexo. Sendo que se tenta agora, colocar o homem no mesmo patamar, onde programas colocam estes rapazes com pouca roupa e demonstrando seus dotes físicos. Creio que isto não seja igualar, pois quando se nivela por baixo, há somente um princípio mercadológico e as pessoas ainda consomem sem pestanejar, analisar o real interesse que está implícito nas atitudes demonstradas.

  • RENIVALDO JESUS DE FRANÇA

    Em meu primeiro contato com a Sociologia no Ensino Médio não fui introduzido nesse emaranhado contexto atual da pesquisa e das discussões em sociologia. Hoje tenho lido e estudado um pouco mais, tendo aprendido mais com os estudos independentes em Sociologia, vejo o quanto essa Área do Conhecimento é de suma importância para a compreensão da sociedade em geral. Esse tema é muito importante. Devemos discuti-lo em casa, na rua, na escola em toda parte. Precisamos incomodar os conservadores, os machistas, e todos aqueles e aquelas que fecham os olhos para os problemas que afetam a vida das mulheres brasileiras e de todo parte do mundo. Sou professor de inglês, esta semana trabalhei um texto adptado de Judy Brady ” I want a wife”. Um excelente texto para introduzir uma discussão sobre o papel da mulher na sociedade contemporânea. Vale a dica.

  • marcio martins

    Assuntos interessantes para se ter uma visão melhor da sociologia.

  • João Alexandre Dos Santos

    O artigo retrata a realdade da leitura social que procura ainda dificultar o acesso as mulheres a posições estratégicas de nossa sociedade. A posição social da mulher ainda é um objeto de estudos interessante para a sociologia. Parabéns pelo belo artigo.

    Prof. João Alexandre (Centro de Estudos em Segurança Pública e Direitos Humanos)

  • Alexsandro i barbosa

    Concordo com o texto …

    Mais até quando vamos todos nós, dividir
    a sociedade entre pobre / rico , branco / preto , escravo / coronel ,
    bem / mal , bom / ruim ,analfabeto / doutor , gordo / magro , alto /
    baixo , bonito / feio ….

    Espero poder trabalhar a favor de
    idealizar a igualdade axiomática colocando em regra quem pode e quer
    fazer o que preferir , e com isso ser respeitado pela suas escolhas.

    liberdade igualdade sem titulo de doutrina ou dogma , simplesmente RESPEITO a quem quiser ser o que escolheu …

    se a mulher quer ser do lar ( respeite )
    se a mulher quer estudar ( respeite )
    se a mulher quer ser executiva ( respeite )
    se a mulher NÃO quer ter filhos ( respeite )
    se a mulher quer casar com uma mulher ( respeite )
    se a mulher quer ter filhos, casar, trabalhar, viver com uma mulher, estudar e ser presidente do Brasil

    RESPEITE
    … isso vale a todos os homens e mulheres livre pelas escolhas , sem
    ser discriminado por sua opção de ser o que escolheu ser na vida.

    [email protected] / estudante sociologia unip

  • Rubens Annibale

    A mulher gostar de maquiagem tem uma explicação cultural, concordo com a autora, pois é uma questão cultural.
    Já a mulher gostar dos meninos é um fator biológico, não cultural.

  • William Santista

    A sociedade impõe como devemos ser, em todos os aspectos, tantos os homens como as mulheres.
    Antes de sermos seres racionais, somos animais, sendo assim, os seres humanos são animais que são dominados por outro ser humano mais forte, dotado de força e inteligência.
    Diante desta exposicao antropológica, podemos concluir que nossa sociedade atual é reflexo de uma minoria dominante, na qual, ditam condutas das quais todos tem que seguir, sendo rejeitados, pela sociedade, como diferentes e contra a cultura vigente.
    Isso acontece com as mulheres que por séculos foram tidas como objeto do homem dominante e que ainda hoje, em alguns países, são tratadas como apenas reprodutoras e escravas de uma sociedade machista.

  • Edeccio Marttins

    Um excelente texto. Atual e bem “representativo” da sociedade brasileira. Porém, não podemos esquecer ou minimizar as diferentes realidades regionais pois o texto ‘mostra’ uma face urbana e mais escolarizada. Nos interiores e cidades pequenas e médias e na região norte-nordeste a situação é bem mais dramática.

  • Euda Sérvulo

    Muito pertinente essa discussão. De fato, há uma grande miscelânea de identidades femininas, no entanto o respeito à isso ainda está “engatinhado” . Logo, não se pode julgar, mas sim acrescentar, caso seja da vontade femina