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Hoje vamos falar sobre Howard S. Becker e seu livro “Outsiders”.
Este livro: Outsiders, foi escrito por Howard S. Becker. Ele é um sociólogo americano que nasceu em 1928 em Chicago. Ele se inscreveu no interacionismo simbólico. “O interacionismo simbólico, é dizer, a segunda Escola de Chicago, nasceu nos anos 60. Aqui, a ideia é o fato que os indivíduos produzem os fatos sociais (oposição às ideias de Émile Durkheim). Com as interações sociais, o indivíduo produz ele mesmo a sua própria identidade. Segundo ele, os sociólogos têm de ir ao lugar do fato, eles mesmos, para realizar a investigação. Se eu estudo as “relações sociais durante o Carnaval do Rio de Janeiro”, tenho de ir lá para ver, escutar, perguntar, mas, sobretudo, analisar como os acontecimentos ocorrem.” (Como já escreveu no artigo “A pluralidade dos paradigmas”) Howard S. Becker escreveu diversos estudos sobre sociologia da educação, do trabalho, da arte e da música. Por exemplo, Howard S. Becker, escreveu:
– Telling About Society. (Chicago: University of Chicago Press, 2007).
– Do You Know . . . ? The Jazz Repertoire in Action (Chicago: University of Chicago Press, 2009), with Robert R. Faulkner.
– What About Mozart? What About Murder? (Chicago: University of Chicago Press, 2015)
Vamos agora focar sobre o livro Outsiders, que fala sobre o comportamento divergente numa perspectiva do interacionismo.
– O quê quer dizer “Outsiders” segundo Howard S. Becker?
O conceito de “outsiders” se refere a uma transgressão de norma social. Uma norma social é um modelo de se comportar relativo a um grupo social. Se o individuo transgressa a norma social do seu grupo social, o mesmo se considera como um estrangeiro no seu grupo social. Ou, o indivíduo pode ser estrangeiro no seu próprio universo se ele pensa de maneira diferente. Howard S. Becker explica que existem diferentes níveis de estrangeiros.
Por exemplo, se você tem um grupo de amigos, imagino que você respeita, mais ou menos, os mesmos valores e normas sociais deles. Porém, se amanha você rouba um acessório (seja ele qual for), de um deles, pode ser que você venha a ser considerado o “outsider” da turma, porque você não respeita mais as mesmas normas e valores que eles respeitam.
– O quê é o comportamento divergente para este sociólogo?
Segundo Howard S. Becker, o comportamento divergente é uma situação que ocorre quando os indivíduos são alheios à coletividade porque não respeitam mais as normas sociais. Para ele, os comportamentos divergentes podem ser comportamentos que não estão longe da norma social. Por exemplo, segundo ele, o fato de escrever com a mão esquerda é um comportamento divergente.
Quando o indivíduo tem um comportamento divergente, ele é visto como estrangeiro pelo grupo social e gera reações. A coletividade põe uma etiqueta sobre o indivíduo. As reações dependem da natureza do ato.
– Quais são os diferentes tipos de comportamento divergente?
Respeita a norma | Não respeita a norma | |
Visto como um comportamento divergente | Acusado injustamente | Comportamento divergente |
Não visto como um comportamento divergente | Conformar-se | Secretamente tem um comportamento divergente |
– Existe a situação de “acusado injustamente”, quando o indivíduo parece com um indivíduo que fez uma ação irregular mas, na verdade, ele não fez nada de irregular.
– Existe o comportamento divergente quando o indivíduo não respeita a norma e é visto como um indivíduo que teve um comportamento divergente.
– Existe a situação de “se conformar” quando o indivíduo respeita a norma e é visto como um indivíduo que não tem um comportamento divergente.
– Existe a situação de ter um comportamento secretamente divergente quando o indivíduo não respeita a norma, porém ele não é visto com um comportamento divergente.
– Qual exemplo usa Howard S. Becker?
Para explicar como os indivíduos podem ter um comportamento divergente, ele usa o exemplo dos indivíduos que fumam maconha. Howard S. Becker descreve as etapas no processo de ter um comportamento divergente. Ele explica que, primeiro, o indivíduo aprende a técnica, depois ele aprende a percepção dos efeitos e. por último, ele aprende o gosto dos efeitos.
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